Review - Finale

Finale
Becca Fitzpatrick
(Série Hush Hush #4)
Editora: Simon & Schuester
Páginas: 464
ISBN: 9781442426672

OLÁ, pessoal! Eu sei, eu sei, eu sei. Eu pulei a quinta-feira, mas vocês tem que entender que eu estou passando por um época de fim de ano meio complicada, em meio à ENEM e vestibulares.

Bom, acho que esse livro dispensa apresentações, certo? Eu já escrevi sobre ele aqui no blog no dia do lançamento dele, que por acaso foi na terça-feira passada, dia 23/10. É o quarto livro da série Hush Hush, aquela série da Nora e do Patch que divide os leitores entre o ódio e o amor. Eu o li em ebook e, como fã da série, me decepcionei um pouco. MAS, vamos lá.

AVISO: Esta resenha contém spoilers dos primeiros três livros da série, mas não tem spoilers do livro em questão.

Sinopse: Nora está mais certa do que nunca de que ama Patch. Anjo caído ou não, ele é único para ela. Sua herança e seu destino podem significar que eles estão fadados a serem inimigos, mas ela não pode virar as costas para ele. Agora, Nora e Patch devem reunir suas forças para enfrentar um último e perigoso julgamento. Antigos inimigos retornam, novos inimigos são feitos, e a traição derradeira de um amigo ameaça a paz que Nora e Patch desesperadamente desejam. As linhas de batalhas estão feitas - mas de que lado eles estão? E afinal, existem obstáculos que nem mesmo o amor pode superar?

A sinopse é meio podre. A série, em si, é muito criticada e dizem muito que ela é podre também. Eu juro pra vocês que gosto muito da série, li todos os três primeiros livros (o último lançado antes deste, Silêncio, eu comprei em inglês) e gostei bastante. Porém, este me decepcionou.

Como último livro da série, eu esperava que algumas coisas ficassem mais bem feitas, e outras pelo menos fossem terminadas. Esperava que a Becca não decepcionasse os fãs na lentidão dos fatos e no lenga-lenga usual que "Crescendo" nos traz. Não que eu não goste de lenga-lenga de personagens (eu sempre os defendo dizendo que todos nós vivemos um eterno lenga-lenga, porque a gente sempre reúne coragem pra fazer alguma coisa e aí perde quando chegamos no "vamos ver"), mas este livro em especial não era pra ser assim. NÃO ERA PRA SER ASSIM.

Considerando que o final de Silêncio nos apresenta uma Nora mais poderosa e menos humana (e, GRAÇAS À DEUS, À VIRGEM MARIA E À TODOS OS SANTOS, menos menininha), eu esperava que ela fosse dar um fim naquela relação absurda e doentia de proteção que o Patch tem com ela, e começar a liderar o exército de Nefilins de uma maneira... badass. E, para a satisfação geral da nação, ELA FAZ ISSO. Podem comemorar, com certeza.

NOW HUG, GUYS.

Se o maior argumento da crítica negativa era o fato de Nora ser passiva demais para ser uma boa protagonista, o argumento cai por terra com Finale. Como ponto positivo para o romance, Nora está mais independente de Patch, e cada vez mais toma suas decisões sozinha. Em um ponto do romance, ela chega até a enganá-lo, e o Patch deixa de ser um dos pontos principais (NA MAIOR PARTE) do livro.

Scott também é um personagem muito legal dos dois últimos livros, que não é bem explorado mas que ajuda Nora em alguns momentos. Ele continua sendo... o Scott. E ele e a Vee, melhor amiga da Nora, se conheceram no final de Silêncio, e começam a construir um romance em Finale, como já nos havia sido revelado. Eu torcia bastante para que o Scott ficasse com a Nora, mas acho que gosto ainda mais do casal Vee/Scott, por mais que ele não seja, como quase tudo nessa série, muito bem explorado.

E a Vee mesma, outra personagem dos três primeiros livros que vivia em segundo plano (só em Crescendo ela teve ali sua importância, mas nem tanta), passa pra primeiro plano neste livro, e vocês terão que descobrir o por quê sozinhos.

Os juramentos que a Nora fez são cobrados neste livro, tanto com os arcanjos, como para com o seu pai, Hank, e não é surpresa pra ninguém que ela vai ter que decidir de que lado vai ficar. Seu namorado, Patch, é um anjo caído, inimigo dos nefilins, e deveria ser o inimigo natural dela. E por causa disso, ela faz um trato com Dante de que iria "namorar" com ele, para fazer fachada de boazinha e apoiadora de causa aos nefilins.

É, Donna, a gente tá ligado que a justificativa é estranha.

Porém, ela não abandona Patch, e luta para conseguir ficar no meio entre a guerra, mesmo tendo o papel de líder do partido nefilim. O tempo todo ela pende entre as duas causas, até conseguir pensar em uma solução que se mostra pouco segura.

É bem óbvio de descobrir de quem é a traição, pessoal. Pare pra pensar. Eu já sabia desde que comecei o livro, por motivos óbvios.

DESONRA PRA BECCA. COMO VOCÊ PÔDE?

Mas o que realmente matou a história, na minha opinião, foi o final. O FINAL. AQUELE FINAL. ARGH. Eu, obviamente, não vou falar o porque do final ser tão terrível, porque seria spoiler, mas basta dizer que o livro não precisava acabar daquela forma e que pra mim foi desnecessário. Não tinha ponto nenhum em fazer aquilo ali, a escritora tentou transformar tudo num grande drama e acabou matando um dos meus personagens favoritos, sem nenhum motivo.

Algumas coisas me fizeram achar o livro muito legal em alguns pontos (como por exemplo o treinamento da Nora, todo o negócio do devilcraft [desculpa, pessoal, não sei como ficou o termo em português], as partes em que Nora está sozinha lutando contra os caras maus), mas em compensação muita coisa pra mim ficou chata.

Minha reação com o final de Finale.

Como muitas pessoas dizem, concordo que o livro deveria ser narrado em 3ª pessoa. Nora acaba sendo uma narradora um pouco enfadonha, e o ponto de vista dela nem sempre é o mais correto, ou o mais favorável.

É isso! Trouxemos a resenha com exclusividade pra vocês, uma das primeiras resenhas que saem do livro!! Não esqueçam de nos seguir no twitter, @ReviewKingdom, e de nos curtir no Facebook aqui no canto direito.