Review - O Teorema Katherine

segunda-feira, 8 de abril de 2013




O Teorema Katherine
John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 304
ISBN: 9788580573152

Esse é outro livro que tem uma história comigo! Estava lendo no Kindle, o Kindle quebrou, consegui terminar de ler em livro físico porque uma alma caridosa (também conhecida como VALESCA, se você estiver lendo isso, valeu MESMO!) me emprestou.

Acho bem cômico o fato de John ter escrito O Teorema Katherine, porque vejam bem: o livro é BEM engraçado. Eu ri MUITO lendo, e não sei se porque eu entendi a maioria das piadas ou se porque o Colin entrou pro hall dos meus personagens FAVORITOS EVER, o livro me conquistou de uma maneira... quase impossível. E é curioso justamente por isso: diferentemente de Alasca e de ACEDE, este livro é engraçado e diferente. LEIAM MAIS e vejam minha opinião completa!


Sinopse: Se o assunto é relacionamento, o tipo de garota de Colin Singleton tem nome: Katherine. E em se tratando de Colin e Katherines, o desfecho é sempre o mesmo: ele leva o fora. Já aconteceu muito. Dezenove vezes, para ser exato. Depois do mais recente e traumático término, ele resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e um melhor amigo bem fora de forma no banco do carona, o ex-garoto prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar pés na bunda, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam. Uma descoberta que vai mudar para sempre a história amorosa do mundo, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.

O livro é hilário, de verdade. Rola até um sentimentozinho nas partes em que Colin está chorando as pitangas e lembrando dos seus antigos (e fracassados) relacionamentos com Katherines, mas nada muito deprê. Acho que John estava bem descontraído quando escreveu O Teorema Katherine.

Esse sou eu lendo O Teorema Katherine.


HIGH FIVE, COLIN!!!
Colin, como eu já disse, entrou pra um dos meus personagens PREFERIDOS de romance, porque ele (por mais que me lembre MUITO o Sheldon, de TBBT e guess what: eu não gosto de TBBT) é super legal. Digo, ele pode ser todo nerdão e chato com todas as teorias e as coisas decoradas e todos os complexos e problemas com o negócio todo de ser prodígio (e não gênio), mas ainda assim é uma pessoa boa e me lembra muito eu mesmo. Não na parte do prodígio ou gênio (porque NÉ, CONVENHAMOS hahahaha), mas porque ele tem uns conflitos internos tão... tá, vou ser sincero: tão fúteis e tão egocêntricos que muitas vezes eu me pego pensando e refletindo e depois penso "POR QUE eu estava pensando nisso mesmo?" e não consigo responder. Acho que Colin é o personagem que mais me lembra eu mesmo em todas as leituras que já tive até hoje, e por isso o guardo de forma especial. Ele consegue ser falho, totalmente egoísta, estranho, nerd... e ter reflexões bastante legais sobre a vida e os relacionamentos.


Hassan é um personagem peculiar. Ele é o Rony Weasley do romance, porque está sempre "obscurecido", digamos assim, pelo sucesso de Colin, e isso foi o que eu mais senti. Ele é aquele amigo que sempre está lá pra levar o lenço e o ombro quando Colin termina namoros, sempre está lá pra mandá-lo não ligar pras ex, está sempre lá quando Colin precisa. Mas ele se sente muito mal em não ser... devidamente retribuído, digamos assim. E isso fica bem claro em certo ponto da história, o que me agradou bastante! Serve pra gente sempre refletir sobre o quanto damos valor aos nossos amigos. E claro, Hassan, por mais peculiar que seja, entrou pra um dos meus personagens prediletos também.

Pobre Ron... pobre Hassan...

Lindsey é a estrela perfeita que coroa toda a equação de O Teorema Katherine. Uma personagem que muda muito o romance, o que é clássico na forma perfeita do John narrar. A garota que sofreu bullying no Ensino Fundamental resolveu que queria que todos gostassem dela e, por isso, mudou drasticamente de comportamento, estilo, roupas e tudo. Ela é a imagem perfeita de muita gente que hoje está aí fora, e esse fato é o que mais incomoda Colin: a falta de "autenticidade", vamos dizer assim, de Lindsey. A cada momento ela interpreta uma personagem diferente: na frente do namorado (que por uma desventura do destino também se chama Colin), na frente dos amigos da escola, na frente dos amigos de sua mãe... pra cada lugar, uma nova Lindsey. Ela reflete uma figurinha muito comum de se encontrar por aí, como eu já disse, e posso dizer que já vi muito isso acontecer, e eu quase já me vi dessa forma. E claro, tudo isso tem uma resposta final, num desencadeamento do romance: conheceremos sim a verdadeira Lindsay. A FORMA como isso ocorre seria OBVIAMENTE um BIG spoiler, mas a verdadeira Lindsay está ali, presente, e se apresenta pra nós como... verdadeira. Não sei... senti a verdadeira Lindsay depois do... er, incidente. LEIAM PRA ENTENDER!!!!! Não falo mais nada aqui.



O livro é BEM legal, engraçado, inteligente, pontuado de romance e de equações que só acrescentam, e a leveza que o John dá pra toda a história é FANTÁSTICA e surreal. Não, você não vai precisar entender a equação pra ler o livro, fique BEM tranquilo! John deixa isso explícito logo no começo do romance.

E O AMIGO DO JOHN? CARA, o Daniel Biss é um amigo do John matemático que o ajudou a construir o livro de forma lógica e com expressões matemáticas de verdade, E ELE É O CARA MAIS FODA DO UNIVERSO, e eu leria textos acadêmicos dele tipo FOR LIFE. Ele parece um cara super bacana e eu totalmente compraria um livro dele (até porque, ele foi super engraçado com o negócio das próprias Katherines dele e tal). (E caso você não tenha entendido como o Daniel Biss entra na história e essa resenha não esteja fazendo o menor sentido, ele escreveu um Apêndice, mostrando por A+B como o teorema do Colin, em tese, funcionava) (E EU ENTENDI!) (E EU FAÇO LETRAS, VEJAM BEM, E NÃO PREZO PELA MATEMÁTICA!).

O ponto é que eu terminei O Teorema Katherine com aquele sorriso bobo de quando a gente termina um livro que sabe que foi... importante. Eu não digo LIFE-CHANGING, porque acho que é exagero, mas dizer que o livro é foda... já é uma definição boa DEMAIS. Amei, de verdade, o livro, e acho que entrou pra lista dos meus TOP TOP TOP TOP TOP livros do Universo.

Na verdade, TODOS os livros do John Green estão no meu pódio, disputando a tapas o posto de número um. Esse não é nem um pouco diferente, e disputa com muita categoria. A leveza e o humor me encantaram, e vão te encantar também, tenho certeza!

É isso, pessoal! Relembrando pra vocês: nos curtam no Facebook, sigam no twitter e nos recomendem praquele seguidorzinho do twitter, praquele amigo do peito etc.

E CLARO, COMENTEM!!! Acho legal quando vocês interagem comigo e me sinto menos forever alone! hahahaha